Resenha: Azul É a Cor Mais Quente, de Julie Maroh
terça-feira, maio 19, 2015Sim, um pouco atrasada, mas a semana começou por aqui!
Antes de tudo, eu não indico esse livro, HQ, não sei, para menores de 16 anos, tá? Minha opinião.
Quando eu, ainda, trabalhava na livraria ele foi lançando, e gostei bastante, os desenhos são bem feitos e fiquei curiosa, acabei ganhando de presente!
É um romance, e irá contar a história de amor de Emma e Clémentine.
Clémentine vive um vida bem normal: estuda, sai, tem amigos, até que um belo dia, esbarra em Emma, ela tem cabelo (Azul é a cor mais quente, pegou?!), as duas se encaram, mas para Clémentine, isso foi algo mais e ela não para de pensar nisso.
Elas se encontram mais uma vez e começam a conversar e tornam-se amigas, até aí Clémentine achava que não gostava de meninas, e Emma tinha uma namorada. No fim das contas as duas se envolvem e começam a namorar.
Clémentine sofre com a descoberta de sua sexualidade, ela está assustada, porquê nunca havia sentido nada assim antes. Quanto ao relacionamento, eu a vejo como carente, ela é muito dependente da Emma, esta, por sua vez, é mais distante, para mim, ela é muito boa com sentimentos, ela é um pouco fria, mas se esforça.
As duas passam por muita coisa junta: Clémentine é expulsa de casa, a carreira de Emma tem seus maus momentos, traição.
Mas tudo é bem sutil, a passagem do tempo fica visível pela cor do cabelo da Emma, muita coisa fica subentendida, o que eu achei interessante, nem tudo precisa de uma explicação, especialmente, por se tratar de uma HQ.
Eu disse que não indico para menores de 16, e isso não tem nada a ver com o fato de ser um romance entre meninas, mas sim, por ser um romance maduro, precisa ter uma cabeça para entender. Há, também, cenas de sexo e, independente do sexo, não é indicado para crianças. Tá certo que idade mental é relativa, mas…
Eu gostei, é um pouco melancólico e triste, mas é bem legal, no sentido de descobertas, não só quanto a sexualidade, mas pessoais; um amor tão intenso que pode transcender a morte, nesse quesito, eu diria que a história é intensa.
Assisti o filme, não é ruim, mas serviu para aprofundar o que não, explicitamente, contado no livro, é válido, mas leia antes!
É isso!
XOXO
Carla.
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