Clássico de Sexta: Razão e Sensibilidade, Jane Austen

Porque não tem dia para se ler um bom clássico!
Sim, Jane Austen, a Shakespeare feminina como dizem os críticos, alguns concordam, outros não, fato é que suas histórias são incríveis, do tipo gente como a gente, não exatamente ao pé de letra, tendo em conta época e costumes e localização geográfica…

Só avisando: escreverei sobre todos os livros da autora na ordem em que foram lançados (é na ordem que estou comprando xD), e Razão e Sensibilidade foi o primeiro!

Desde já, tire da cabeça que é um livro difícil  de ser lido, tem sim suas construções um pouco mais rebuscadas, mas nada de outro mundo, só dos anos 1800, mas de boa. Uma característica de Jane Austen é que ela muito sarcástica e irônica, e ela não poupa nada nem ninguém, especialmente a aristocracia, da qual ela fazia parte e devia ser difícil sentir na pele aquele jogo de aparências e quem casa antes dos 18, mesmo mostrando personagens alegres e bem humoradas.

Nesse primeiro romance, eu demorei um pouco para me situar, entrar no universo, são muitas personagens, muitos sobrenomes e acabou me confundindo, de início, mas isso não quer dizer que a história é ruim.


O enredo é ambientado numa Londres vitoriana, mais precisamente no interior, Tudo começa quando o Sr. Henry Dashwood morre e deixa seu filho, John Dashwood , fruto de seu primeiro casamento, e suas filhas, Elinor Dashwood, a Razão, Marianne Dashwood, a Sensibilidade e Margaret Dashwood , frutos de seu segundo casamento. Antes de morrer, ele pede para que seu filho continue cuidado de suas meia-irmãs, porém, sua esposa, Fanny Dashwood, o impede e as garotas se veem obrigadas a se mudar. Tá vendo uma intriga começando a brotar?!

Elas vão para uma casa mais modesta, em , na propriedade do Sir John Middleton , e são muito bem recebidas, e para ser bem sincera, o modo como são tratadas é bem exagerado, exasperado, mas talvez seja um costume das pessoas ricas de 1800, vai saber.
E, logo, as irmãs e a mãe conhecem figuras interessantes, como a Mrs. Jennings , que quer dar uma de santa casamenteira para elas, o Coronel Brandon, peça importante nessa trama, para mim, é um homem, a principio incompreendido e que não teve sorte no amor, e o John Willoughby, que nos mostra que boas aparências nem sempre são tão boas assim, e Edward Ferrars, que a timidez, às vezes, esconde personalidades boas de pessoas legais.
Várias reviravoltas acontecem, e que certas atitudes e acontecimentos que pensamos ser do novo século, nem são tão novidade assim, e que pessoas sem o mínimo de bom censo existiram e vão existir sempre, sim, me sinto envolvida com as personagens.
Como disse, a narrativa de Jane não ė difícil, mas esse primeiro romance a história é bem intrincada e por isso, talvez, seja um pouco confusa, mas sem pânico!
A edição que eu li foi da Martin Claret, linda, linda, folhas decoradas e texto integral e a tradução é do Roberto Leal:

O que eu gosto dos romances da autora é que podem ser ótimas opções para sair de um universo romântico super fantasioso.

É isso, acho que  me empolguei !  Os romances dela são bem legais e uma boa pedida para quem quer iniciar no mundo dos clássicos.

XOXO
Carla.