Clássico de Sexta: O Retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde + Filme

sexta-feira, fevereiro 27, 2015

Aí você volta para a faculdade e a vida torna-se uma loucura!

Sumi uns dias, mas o motivo eu já disse acima!

Como sexta é dia de Clássico por aqui, chegou o momento de falar sobre um livro que me interessei pelo filme, antes de lê-lo! Vou comentar sobre os dois,  e como o livro é, quase sempre, bem melhor que o filme, comecemos por ele.

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O Retrato de Dorian Gray é um romance, suspense escrito por Oscar Wilde, publicado em 1890, diz a edição que comprei, da Editora Landmark que é a a versão original, porquê no ano seguinte a obra sofreu uma reformulação, por ser pesada e forte demais para os padrões da época, o negócio era difícil naquela época, tá pensando o quê?!

Bom, a história gira em torno de Dorian Gray, um jovem muito bonito, ele é amigo do pintor Basil Hallward. Há quem diga que os dois mantêm um relacionamento, mas é algo velado, não é explícito no livro, particularmente, acredito que mantinham, mas aí acho que entra na questão “Capitu traiu, ou não o Bentinho?”, sabe?

Continuando, o pintor tem Dorian como um muso (palavra esquisita, em todo caso é o masculino de musa, ok?!), realiza diversos quadros e exposições, até que um dia ele faz um retrato de Gray e lhe dá de presente, e é aí que as coisas começam a tomar um rumo um pouco estranho.

Dorian se apaixona por ele mesmo! Sim, Wilde consegue explorar de uma forma bem interessante a vaidade, o ego… Ao mesmo tempo que ele começa uma amizade com o Lorde Henry Wotton, um homem libertino, sem escrúpulos que adota o jovem como aprendiz. Logo, Dorian o supera, e passa a fazer coisas muito mal vistas pela sociedade conservadora. Ele torna-se um homem completamente diferente para alimentar seu ego, para sentir autoconfiança, se auto afirmar. Torna-se um assassino, e tudo não é refletido na aparência dele, mas no quadro.

A narrativa de Wilde é um pouco cansativa, devo dizer, é bem rebuscada, mas dá para entender! A história é bem interessante, é um tema, que considero, atual, aquela coisa da vaidade, até onde o ser humano é capaz de ir, para se sentir bem com sua aparência.

Dorian é uma personagem complexa, eu diria, porque no início ele era um rapaz de bem, com um futuro promissor, mas a influência de um “amigo” e a vontade de alimentar o ego, fez com que ele fosse capaz de fazer coisas horríveis, será que a cabecinha era tão fraca assim, ou ele sempre teve essa natureza e amigo só fez sair?! Eu ainda não sei dizer, talvez uma segunda leitura seja interessante.

O que mais me incomodou foi a edição, na época que comprei, só tinha da Landmark, e essa editora só publica livros bilíngues, ok, até aí tudo certo. Só que a narração é dividida, em uma coluna é português, e a outra está em inglês, isso foi bem chatinho, não gostei, acho que seria melhor primeiro, todo o texto em português, e depois em inglês, só acho…

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No mais, eu gostei da história, é uma temática  diferente, e  atemporal, é um livro que vale muito a pena ser lido!

Aqui, tem um vídeo do Canal Tiny Little Things sobre o livro, e, há, finalmente uma edição legal, vale a pena conferir:

Agora, o filme!

Eu sou suspeita para falar, admito! O ator que interpreta o Dorian e ninguém menos que Ben Barnes, e eu adoro esse ator! Eu gostei da adaptação, achei que ficou bem digna, tem todos os acontecimentos chaves do livro, mas recomendo a leitura antes! E tem também Colin Firth, gosto bastante desse ator, também!

“Todos os dias. Eu não poderia ser feliz se não o pudesse ver todos os dias. Claro que, às vezes, só por alguns minutos. Mas poucos minutos com uma pessoa que alguém cultua é muita coisa.”

E é isso!

XOXO

Carla.

Coisas Legais...

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