Resenha: O Livro Perdido das Bruxas de Salem, de Katherine Howe

segunda-feira, março 09, 2015

Porque um pouco de História sempre faz bem!

Esse livro foi uma de minhas aquisições no Black Friday, era um livro bem caro, e eu não ia comprar a verão pocket, dei muita sorte!

E, como eu havia entrado no mundo incrível de romances históricos, fiquei louca para ler! O que mais gosto nesse gênero é o fato de que há uma história fictícia, mas tem, também, um fundinho de verdade, mas essa linha é tão fina, que fica difícil saber até onde a ficção termina, e verdade começa.

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Vamos à história: se passa em 1991 e tem como protagonista Connie, estudante de doutorado em Harvard, ela é filha única e sua mãe, Grace é bem maluquinha! Até que uma dia sua querida mãe lhe dá uma pequena tarefa: a mãe de Grace morava no condado de Essex, que muito por acaso (só que não!), fica a cidade de Salem, sim aquela Salem, onde “bruxas” foram julgadas e assassinadas. Connie, então, terá de ir até lá para reformá-la e vendê-la.

Claro que Connie não fica nem um pouco animada com essa história e viaja até lá. E aí que tudo começa ficar… estranho.

Na velha casa da avó, tipo, velha mesmo, ela começa a descobrir diversos artefatos esquisitos, entre eles uma chave, com um nome: Deliverance Dane. E, como não poderia ser diferente, Connie irá buscar informações, que podem coincidir com sua tese,  para saber quem ela foi e qual a conexão com a casa, e com sua avó.

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O legal da narrativa é que ela se divide, entre 1680 e 1991, e a história flui de uma maneira bem natural, e os fatos são desenrolados a cada página.

Gostei bastante da Connie, porque ela é um pouco cética em relação ao que sua mãe faz, e de repente ela se vê no meio de uma investigação de algo que esbarra, ou não, no sobrenatural, nesse aspecto, acho que me pareço, um pouco, porque nunca vi certas coisas, mas não quer dizer que não podem existir.

Sem contar que o trabalho de pesquisa, nesse tipo de livro, é incrível, a autora retrata de uma forma brilhante e humana como as mulheres viviam e eram tratadas em 1600, a questão da fé, e da ciência, uma relação mega frágil, ou inexistente, que resultou uma tragédia para muitas mulheres.

Claro, há um amor envolvendo certas personagens, mas isso não ofusca o que é, de fato importante, na verdade, ajudou a compor o cenário da investigação, o que, para mim, foi bem bacana.

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Foi uma leitura super gostosa, nada de muito técnico, cansativa, mas que, ainda sim, conseguimos entender, como deve ter sido aquele período, sem contar que cultura nunca é demais.

O trabalho gráfico, capa e diagramação, chamam bastante atenção, super bem feito, adorei!

“Alguns pecados nos transformam em diabos”, dissera o pastor na reunião daquela semana. Peter apertou a ponte do nariz, semicerrando os olhos enquanto tentava lembrar quais eram esses pecados…

Ser caluniador ou acusador do sagrado era outro. Tentar levar ou outros a pecar. Opor-se à religião. Sentir inveja. Ser beberrão. Ser orgulhoso.”

E é isso!

XOXO

Carla.

Coisas Legais...

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